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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Foi quando completei 2 aninhos de vida quando o álbum Coil do Toad the wet Sprocket foi lançado em 20 de maio de 1997. Ao longo de seis álbuns, o Toad The Wet Sprocket conquistou um nicho respeitável como uma pequena banda de rock moderno. O álbum foi lançado pela gravadora Columbia Records e produzido por Gavin MacKillop. É o tipo de música que passa de geração para geração, nunca envelhece.

Junto com Dulcinea, esse álbum é um dos meus favoritos da banda. Coil é estritamente para os verdadeiros fãs de Toad the Wet Sprocket. Tem aquele mesmo som ousado que conhecemos deles. Embora o álbum seja um pouco mais sombrio, está longe de ser assustador, já que o talento de Toad é para um pop acústico agradável e levemente melódico, e Coil não é diferente do resto de seu catálogo nesse aspecto. 

Todas as músicas aqui são ótimas e é um daqueles CD dos quais não consigo me cansar. Todas as faixas são cantáveis ​​e contagiosas. Com certeza isso só firma o Toad a continuar no meu ranking de bandas favoritas.

Capa do álbum Coil


Este álbum foi elogiado por alguns como o álbum mais maduro da banda. Ele combina temas explorados em todos os seus álbuns anteriores - incluindo amor, espiritualidade e as virtudes de uma vida simples - e continua o som acústico simples encontrado em "Dulcinea". Uma música do álbum chegou às paradas de rock moderno da Billboard e Mainstream, "Come Down", e o single "Crazy Life" explora as injustiças percebidas pelo ativista Leonard Peltier (segundo, Wikipedia).

Vamos as faixas, uma delas é "Throw It All Away", onde as letras são uma ode para livrar-se de coisas que não o melhoram como ser humano. Da mesma forma, a faixa "Come Down" é um apelo a um outro significativo para abandonar todas as pretensões de superioridade e começar a realmente melhorar a si mesmo. 

Já ''Little Man Big Man'', apresenta uma reflexão sobre a natureza humana, sobre o valor e importância pessoal, é uma das canções mais contagiantes do álbum. Em "Don't Fade" coloca a música exatamente onde ela pertence - neste álbum. Quanto às letras, essas letras sugerem que alguém está lutando. Embora "não desapareça, eu preciso saber que alguém ainda acredita" (Don't fade, i need to know that someone still believes) possa significar muitas coisas. Essa música é religiosa ou pessoal? - Você decide.

A música "Crazy Life" exibe uma perspectiva positiva e otimista. Esta música é um bom reflexo de como a maioria dos altos e baixos deste CD ocorre simultaneamente. A guitarra nesta faixa é incrível, desde a introdução excelente até o final dela.

Temos também "All Things in Time" com um jeito lento e suave. Expressa um sentimento de "tudo vai ficar bem", mas dificilmente explica como e as outras músicas do álbum tornam esse sentimento difícil de acreditar. 

Recomendo muito essa banda. Eles escrevem letras semelhantes - muito sinceras, muitas vezes emocionais, sempre poéticas. Ouça no spotify.
Meus Discos #21 – CD “Coil” Toad the Wet Sprocket
maio 20, 2020

Meus Discos #21 – CD “Coil” Toad the Wet Sprocket

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Jars of Clay é uma das minhas bandas favoritas. Ouço esses caras desde criança e fico feliz de poder ouvir atualmente suas músicas. Como se sabe, sempre nessa transição de fases da vida, muita coisa que gostávamos antes acaba ficando pra trás. Não é o caso aqui, as músicas do Jars of Clay continuam firmes e fortes presentes nos meus dias.

O lançamento auto-intitulado de Jars of Clay é um clássico do gênero rock cristão. Repleto de harmonias ricas, violão exuberante e loops eletrônicos, o Jars fez algo que nenhuma outra banda de rock cristã conseguiu nos últimos anos; tornar esse gênero mainstream. A canção "Flood", encontrou um público popular e os manteve no topo... e, embora a maioria dos fãs obstinados do Jars tenha gostado da música, ela lançou sozinha o que hoje é uma carreira de vinte anos na música para esses meninos do Greenville College (e ajudou a impulsionar vários outros artistas para o centro das atenções).

CD “Much Afraid” Jars of Clay

No segundo álbum, chamado Much Afraid, o vocalista Dan Haseltine decidiu criar um álbum que perdurasse. Ele queria que o álbum tivesse uma sensação clássica, que resistisse ao teste do tempo e evitasse o som "datado" de muitos álbuns dos anos 90. Parece irônico, olhando para trás, que Jars retornou à demo original para refazer duas músicas para este álbum, "Fade to Grey" e "Frail". Então, como foi?

Jars of Clay, sem saber (ou bastante!) Definiu o plano para o seu som em constante mudança com o álbum Much Afraid. Desde a faixa de abertura “Overjoyed”, que explode com o primeiro uso de guitarra elétrica, até os sons melancólicos e orquestrados do set-list e favorito dos fãs, “Frail”, Jars não apenas conseguiu um segundo álbum fantástico… mas um álbum que se sustenta sozinho. Much Afraid não se limita ao tema cristão e vê a banda se movendo em direção à mensagem mais secular que eles abraçariam durante grande parte de sua carreira.

O álbum mergulha e se curva pelo sombrio (a canção mencionada "Frail"), pelo atmosférico ("Weighed Down") e pelos elogios contemplativos de ("Much Afraid"). Jars of Clay conseguiram transmitir o sofrimento emocional da humanidade e, ao mesmo tempo, permitir uma luz no fim do túnel o tempo todo raramente mencionando Jesus. (as exceções são a faixa-título e "Hymn").

Aqui temos ótimas canções, entre as minhas favoritas estão ("Five Candles") que revela a necessidade de os pais se envolverem ativamente com seus filhos, a futilidade de lágrimas vazias em ("Crazy Times") e o efeito da falta de comunicação em emoções frágeis ("Tea and Sympathy"). Em "Hymn", o cantor adora Jesus com uma doce poesia. Também fortemente espiritual, a música-título aponta para Cristo como um refúgio. Glórias "Overjoyed" em um relacionamento libertador. As linhas positivas habitam várias músicas tematicamente obscuras. O álbum apresenta um pouco da influência do Toad the Wet Sprocket, assim como o primeiro álbum, pelo menos na minha opinião. Afinal, eu amo as duas bandas.

Embora o sombrio e sombrio “Frail” seja visto como o maior sucesso, seria difícil ignorar o ótimo acústico, “Truce”. Trazendo de volta loops de bateria e trabalho com teclado melódico, a música vai prolongando-se lentamente ao longo das 3:11. Em vez disso, ele se abre com um tom de batida para um acústico dedilhado rápido que permite alguns dos trabalhos mais interessantes sobre guitarra elétrica do álbum que se aproxima do fim. A música é uma ótima conexão com o passado e o presente do Jars of Clay neste momento com o humor sombrio, o acústico e o elétrico.

Lançado em 1997, com este álbum, a banda ganhou o seu primeiro Grammy Award, na categoria de Best Pop/Contemporary Gospel Album. O disco atingiu o nº 8 da Billboard 200 e o nº 2 do Top Contemporary Christian. Tendo sido lançado também uma versão japonesa do disco.

Embora o Much Afraid tenha conseguido número de vendas modestos, foi através de experimentação e criatividade, que o álbum conseguiu não apenas encontrar um público na época, mas também resistiu muito bem, capturando um pouco da sensação "atemporal" de Dan. As músicas são bem escritas, cativantes e fáceis de ouvir. E claro, é um dos meus favoritos da banda!

Ouça no Spotify!

Meus Discos #20 – CD “Much Afraid” Jars of Clay
dezembro 16, 2019

Meus Discos #20 – CD “Much Afraid” Jars of Clay

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Para minha coleção, ter a trilha sonora de uma das minhas séries favoritas foi uma grande conquista.
A trilha sonora da série do Superman da The WB, Smallville, apresentou uma mistura dispersa de singles de rock alternativos e modernos, incluindo "Save Me", de "Remy Zero" (tema de abertura da série), "Inside Out", de VonRay, e, é claro, o ótimo hit "Superman" de Five for Fighting. Smallville foi uma série de televisão que soube como usar boas músicas para estabelecer a sensação de cada episódio. Tantas ótimas músicas de grandes artistas foram tocadas ao longo de suas dez temporadas.

Capa do disco  “Smallville: The Talon Mix”

Começamos ao som de "Save Me" da banda Remy Zero, que tocou nos dez anos da série, abrindo cada episódio, ''Somebody save me'' é tão memorável como o Superman, um som forte e incrível assim como a mitologia do homem de aço. A canção  "Inside Out" de VonRay também se faz presente aqui combinando perfeitamente com a vibe da série. Já as canções "Fight Test" de The Flaming Lips e "Nuclear" de Ryan Adams soam muito bem, mas parecem estar na trilha apenas porque seus títulos se ligam vagamente à trama da série. Mas eu gostei, a canção Nuclear é uma música otimista que parece melhorar o humor dos ouvintes.

Enquanto outras, como "Lonely Day" do Phantom Planet, "Island in the Sun" de Weezer, e "Don't Dream It's Over" do Sixpence None the Richer entram no clima da série. "Don't Dream It's Over" é um bom remake de uma música dos anos 80 da banda Crowded House dando um toque alternativo mais suave, se encaixando muito bem. Ainda temos outro remake "Time After Time" de Eva Cassidy que se encaixa tão bem na história. "Time After Time" e "Don't Dream It's Over" são quase tão bons quanto os originais. Na verdade, "Time After Time" é melhor que o original e como algo tão triste pode ser tão bonito também!? Além disso, o novo arranjo mais moderno para essas músicas parece se encaixar melhor na série do que se os produtores tivessem decidido tocar os originais dos anos 80.

Ainda temos "Superman (It's Not Easy)'' do Five For Fighting, é claro, que nenhuma trilha sonora do Superman deveria ficar sem essa música. É cheia de admiração pelo Superman saber que ele tem todos aqueles poderes, mas é humano no coração. As "Wave Goodbye", de Steadman, "I Just Wanna Be Loved" do AM Radio e "Everything" do Lifehouse completam a coleção. A balada romântica "Everything" começa suave e na verdade se baseia em som e intensidade durante a parte final da música. A canção é usada no final do episódio Pilot. Expressa os sentimentos de Clark por Lana no início da 1ª temporada. É uma bela música emocionante. 

As 12 faixas são músicas atuais (para a época que a série foi ao ar), mas elas compõem a história musical de Smallville. Se você é fã do Pop Rock de hoje, Smallville ou qualquer um dos grandes seriados daquela época como Dawson's Creek, Buffy, The O.C., One Tree Hill. Você realmente apreciará esta trilha sonora. Eu achei algumas das faixas realmente maravilhosas, tanto é que inseri algumas dessas canções em playlist para ouvir no dia a dia. O álbum ainda apresentou um conteúdo multimídia, que inclui acesso on-line à primeira edição da revista em quadrinhos Smallville da DC Comics; um mapa interativo em 3D de Smallville; e performances ao vivo de Vonray e Remy Zero, quando rodado em PC. 

Enfim, uma trilha sonora que cai perfeitamente com a série. Trazendo uma mistura de sentimentos de excitação, entusiasmo e no estilo apaixonado, assim como Clark na série. Smallville foi uma série que acompanhei muito na minha infância e de certa forma, ajudou a moldar meu gosto musical devido sua rica trilha sonora. Ouça!


 
Meus Discos #19 – CD “Smallville: The Talon Mix”
dezembro 02, 2019

Meus Discos #19 – CD “Smallville: The Talon Mix”

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Steven Curtis Chapman é um dos grandes nomes da música cristã nos EUA. Já compartilhei aqui no blog inúmeras canções dele. Eu ouço diariamente, por isso decidi fazer uma review de um dos seus melhores álbuns, na minha opinião: Speechless. Chegando ao final dos anos 90, o Speechless refletiu o caso de amor daqueles anos com rock alternativo e música eletrônica, transformando um álbum muito agradável aos nossos ouvidos. Liricamente, as canções permanecem profundamente comprometido com uma marca edificante de espiritualidade.

Como disse, Steven Curtis Chapman é uma estrela da música cristã norte-americana - ele ganhou mais prêmios Dove e Grammy do que qualquer outro artista. Com SPEECHLESS, seu 12º lançamento, ele prova que vale cada elogio. A excelente canção "Dive" abre esta coleção com sua mensagem de mergulhar na fé, um tema que domina o álbum. Ele ainda diz que SPEECHLESS nasceu durante um período de testes de sua fé, uma época em que dois eventos dramáticos tocaram sua vida: um amigo perdeu sua filha em um acidente de carro e os tiroteios fatais em uma escola de Paducah, Kentucky.

Capa do disco ''Speechless'' de Steven Curtis Chapman

A faixa-título "Speechless" apresenta a orquestra pela primeira vez neste álbum e é uma excelente música que começa falando sobre como não há como descrever o amor de Deus por nós. Como ficamos "sem palavras, atônitos e maravilhados" com tudo o que o nosso Deus fez por nós. Depois começamos ouvir "The Change", é uma das minhas canções favoritas.  É sobre como devemos mudar e não permanecer os mesmos depois de entregarmos nossas vidas a Jesus. A letra nos desafia a realmente viver para Cristo e não apenas comprar coisas cristãs e se sentir bem apenas fazendo isso. Nos desafia mesmo como nos trechos (traduzidos) "E a mudança? E a diferença? E a graça? E o perdão? E a vida que mostra que estou passando pela mudança?" Steve está falando de uma nova criatura que realmente deve seguir os ensinamentos de Cristo.

"Great Expectations" é outra canção que curto muito. Na letra, é como Deus sempre excede nossas maiores expectativas. No entanto, como devemos sempre esperar "acreditar no inacreditável, receber o inconcebível e ver além de nossas mais loucas imaginações". Na canção "Next 5 Minutes" é como devemos viver nossas vidas como se cada momento pudesse ser o nosso último, como devemos sempre servir a Deus em tudo o que fazemos. Chegamos a "Fingerprints of God" uma das minhas favoritas também. É um lembrete pop divertido de que Deus criou cada um de nós do jeito que somos. É inspiradora para os jovens que lutam com suas aparências e não percebem que são milagres em formação e que ''Deus ainda não terminou, mas está apenas começando...'' e que tudo a criação aplaude silenciosamente enquanto Deus continua a moldá-los. Steve dedica a canção a sua filha Emily, sobre como ela é uma criação tão bonita de Deus.

A canção "The Invitation" é tão lenta e incrível ao mesmo tempo. A letra descreve um convite. Diz como todos nós temos um convite para vir a Deus, apesar de nos sentirmos indignos. Falhamos, erramos, pecamos, mas Deus está sempre aberto para nos receber. É ótima para aqueles que não são cristãos ou que não estão totalmente dedicados a Cristo no momento. Já "Whatever" fala sobre como devemos nos esforçar para fazer "o que for" que Deus quer que façamos e não o que pensamos que devemos fazer, o legal é que  apresenta um pouco mais das excelentes habilidades de tocar violão de Steven. Já "I Do Believe" é como todos nós devemos acreditar em Jesus Cristo e no que Ele fez por nós. É uma canção bem animada e eu gosto bastante também.

Partimos para "What I Really Want to Say", que nos faz refletir como às vezes, não temos muita certeza de como expressar o que sentimos a Deus, mas Ele gosta de nos ouvir chamando por ele. Steven dedicou a canção para sua esposa Mary Beth, sobre como as palavras não podem descrever o quanto ele a ama. Já "With Hope" é uma música que pode arrancar algumas lágrimas, mas é sobre esperança que veremos novamente de nossos parentes que se foram. Foi escrita para uma família, os Mullicans (amigos dos Chapmans), que perderam um filho. Mais tarde, foi cantado em homenagem às vítimas do tiroteio na Heath High School em Paducah, Kentucky. É sobre como cristãos sabemos que nosso adeus não é o fim, que veremos aqueles que se foram novamente. Cita ''1 Tess. 4:13-14 / Heb. 6:9, 10:23'' da Bíblia no inicio.

"The Journey" é uma canção que pode expressar alguém que está indo para o céu e combina bem com a música anterior a ela, a ''With Hope'' adicionando ainda mais emoção a essa canção poderosa. É uma música de adoração realmente muito boa. Por fim, "Be Still and Know" é uma conclusão suave e linda para este fantástico álbum. Ela chega incentivando-nos ao "Fique quieto e saiba que Ele é Deus", com isso não é preciso dizer mais nada, Deus é Deus. Um dos meus álbuns cristãos favoritos e que com certeza, se destaca como um dos melhores da música cristã. As músicas que Steven Curtis Chapman escolheu para o álbum têm mensagens de esperança e proclamam ainda mais enfaticamente o amor de Deus em nossas vidas. As canções realmente emocionam com suas letras poderosas e instigantes.

Musicalmente, as influências para o álbum vieram de canções de bandas como Collective Soul, The Wallflowers e Dave Matthews, para Newsboys e Delirious? (bandas essas eu geralmente também costumo ouvir) e de autores cristãos como Jim Elliott, Oswald Chambers e Brennan Manning. O pastor e amigo Scotty Smith foi outra influência.

Chapman recebeu o Grammy 2000 de Melhor Álbum Pop / Contemporâneo Gospel e Dove Awards por Álbum Pop / Contemporâneo do Ano e Canção Gravada Pop / Contemporânea do Ano (pela canção "Dive").

O álbum forneceu mais singles número um (sete) nas rádios contemporâneas cristãs do que qualquer outro álbum de Chapman: "The Change", "Fingerprints of God", "The Invitation", "Great Expectations", "Be Still And Know" , "Dive" e a música-título "Speechless". O álbum é considerado um dos maiores trabalhos de Chapman por muitos críticos especializados.

Grande parte das canções são de autoria do próprio Steven Chapman e o co-escritor Geoff Moore. Poderosa e convincente, a eloquente performance de Steve de "Dive", "The Change" e outras músicas deixará você sem palavras ao contemplar o amor transformador de Deus. Por isso, aprecie cada canção desse álbum:

Meus Discos #18 – CD “Speechless” Steven Curtis Chapman
novembro 26, 2019

Meus Discos #18 – CD “Speechless” Steven Curtis Chapman

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Já falei aqui no blog sobre os dois primeiros álbuns do Lifehouse, No Name Face e Stanley Climbfall, respectivamente. No terceiro álbum da banda, simplesmente chamado ''Lifehouse'' lançado em 2005, temos algumas mudanças, saída de membros e que acaba trazendo um senso de renascimento.

Capa do álbum auto intitulado ''Lifehouse''

Tem várias canções do álbum que eu amo bastante. Desde o começo, a canção "Come Back Down", fica claro que Jason Wade voltou a uma abordagem mais melódica e poética nas composições. Na letra, o cantor diz ver alguém passar por momentos difíceis (“Você não precisa me dizer o que está passando / não serei eu quem te soltou”). Da mesma forma, a canção “Undone” promete: “Eu serei o único que estará esperando a qualquer momento que você caia.” Aqui fica claro, que sabendo que os membros da banda professam a fé cristã, essas músicas poderiam ser interpretadas como encorajamento de Deus.

A balada "You and Me", que virou um hit, celebra o amor jovem. Lembro de assistir Smallville e essa canção acabou tocando no episódio dezoito da quarta temporada, a proposito, Lifehouse faz uma participação tocando no baile de formatura dos personagens. As canções "Days Pass" e "We'll Never Know" recomendam abraçar a vida e correr riscos saudáveis. Jason Wade ainda dá uma palestra animada a um amigo cansado que precisa de uma desculpa para continuar (na canção "All in All") e luta contra as probabilidades longas (o "Chapter One", ao estilo Beatle). Talvez se referindo ao divórcio de seus pais, Jason Wade repreende um homem por trocar uma vida antiga por uma nova em "Walking Away" ("Acho que uma vida egoísta tem um custo").

Como disse antes, há mudanças na banda, Bryce Soderberg substituiu Sergio Andrade e Sean Woolstenhulme, mas a banda não perde nada em termos de positividade. É um álbum com músicas melódicas e emocionantes no gênero pop/rock que certamente atrai muitos ouvintes para a banda, especialmente as mulheres. Canções essas que não se tornam enjoativas, pois elas realmente apresentam profundidade em termos de composição e perfomance. Os vocais de Jason Wade são suaves, juntamente com os excelentes instrumentais. É um LIFEHOUSE mais atenuado, que pode te acompanhar no seu dia a dia. De fato, as músicas têm muitos ganchos que você se pegará cantando com elas durante o refrão, especialmente nas canções mais animadas (como ''Undone'').

Fique firme entre as provas da vida. Viva com ousadia e sem medo. Apoie um ao outro. Veja os erros como experiências de aprendizado. Esses temas recorrentes tornam este disco uma ótima opção para os jovens fãs do Lifehouse.

Ouça no Spotify!

Meus Discos #17 – CD “Lifehouse”
novembro 25, 2019

Meus Discos #17 – CD “Lifehouse”

Lifehouse estreou em 2000 com o seu sucesso No Name Face, álbum já comentado aqui. Após vários meses de preparação e uma aparente mudança de objetivo, o Lifehouse lança seu segundo álbum, o excepcionalmente intitulado Stanley Climbfall.

"Todo mundo tem seus altos e baixos", afirmou o vocalista Jason Wade na época do lançamento. "E depois de muito jogo de palavras, uma música chamada 'Stand, Climb, Fall' foi transformada em um personagem cotidiano chamado ''Stanley Climbfall'', que passa por esse tipo de mudança". 

Enquanto o disco No Name Face era composto de faixas frequentemente melancólicas, escritas com as frustrações, desejos e esperanças de Jason Wade, Stanley Climbfall caminha em outra direção. "A maioria das coisas não está escrita em conflito", continua ele, "é realmente positiva". E mais positivo é mesmo. Os elementos cristãos e espirituais das letras de Jason Wade são mais evidentes aqui, no entanto, Wade nunca pronunciou o nome do Criador, substituindo por um "Você" ambíguo.

Capa do álbum ''Stanley Climbfall''

Lançado em 17 de setembro de 2002. O álbum começa com um encontro com alguém especial - possivelmente Deus - coloca um "giro" positivo na vida do cantor e lhe dá significado. De fato, muitas dessas faixas estão abertas à interpretação espiritual. Na canção "Wash", traz uma pessoa que enfrenta tempos difíceis e onde encontra uma presença que refrigera sua alma ("Você me lava como a chuva ... tudo que eu sabia era olhar para você, meu raio de sol" diz a letra da canção traduzida). As letras de Jason Wade costumam retratar um certo grau de busca, mas ele tende a deixar as interpretações finais para o ouvinte.

Na canção "Anchor" diz: "Eu nunca vou ficar sozinho / Você nunca vai me deixar ir/ Você é minha âncora." Mensagens semelhantes de cura emocional e companheirismo aparecem em "Sky Is Falling", "Take Me Away", "Empty Space" e "Out of Breath". Fica claro aqui que o vocalista Jason Wade - cujos pais eram missionários em Hong Kong - anseia viver vitoriosamente ("Será que eu vou descobrir") e fielmente de olho em uma eternidade feliz, na canção "The Beginning".

Sobre um olhar no significada de cada canção, "The Sky Is Falling" é sobre complacência e foi escrito como uma revelação para os dias que seguirão depois do 11 de setembro de 2001, dizendo como as pessoas poderiam facilmente voltar a seguir suas rotinas regulares. Também poderia ser um grito de desespero em relação ao fácil retorno ao pecado, ou o medo de que muitos nunca realmente entendam o amor de Cristo: "Estou vivo, mas diga-me que estou livre? Tenho olhos, mas diga que posso ver?" "Não deve ser difícil de acreditar. Não deve ser tão difícil de respirar. O céu está caindo e ninguém sabe."

Já a canção ''Am I Ever Gonna Find Out?'' diz respeito à frustração de nunca saber todas as respostas na vida, principalmente se estamos ou não tomando as decisões diárias corretamente: "A paciência pode esperar por agora. Acho que esperei por muito tempo. Você sempre deu uma escolha e o direito estar errado. Toda a minha vida passou por suas mãos." Já ''My Precious'' é uma das minhas favoritas do álbum. É tão bonita e os efeitos da guitarra funcionam tão bem que são realmente incríveis também. Com certeza identifica a maravilhosa natureza experimental de Lifehouse.

Do ponto de vista musical, o som do álbum ainda oferece comparações com canções do Pearl Jam e apresenta algumas músicas de rock bem engraçadas e animadas, que eu particularmente gosto muito. Os vocais do Jason estão mais fortes do que nunca, pois o álbum mostra mais experimentação vocal da parte dele. Quanto às letras, Lifehouse mostra uma vibe cristã. Eles não tentam fazer uma lavagem cerebral através de mensagens subliminares nas canções. Eles simplesmente dão a perspectiva da vida, universo e tudo mais, como disse mais acima, fica aberto a interpretação de cada um.  

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Meus Discos #16 – CD “Stanley Climbfall” Lifehouse
novembro 25, 2019

Meus Discos #16 – CD “Stanley Climbfall” Lifehouse

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

É de conhecimento dos leitores e ouvintes assíduos do blog O Planeta Alternativo que Lifehouse é uma das minhas bandas favoritas, desde os tempos que eu acompanhava as aventuras do Superboy em Smallville, hein? Lifehouse embalou muito a trilha de vários episódios da série. Desde então a banda entrou na minha playlist e até os dias de hoje ouço diariamente a banda. Gostaria de analisar o primeiro disco lançado da banda lá em meados de 2000. Um disco único e poderoso, chamado ''No Name Face'', lançado em 30 de outubro de 2000 pela gravadora DreamWorks Records. 

Capa do álbum ''No Name Face''

O vocalista Jason Wade, de 20 anos (na época), formou a banda BLYSS em 1996 e passou por mudanças pessoais desde então para formular o que então foi conhecido como ''Lifehouse''. Com uma mistura de pop / rock / alternativa, os vocais maduros, profundos e ricos de Jason carregam algumas músicas muito boas.

Começamos com "Hanging By a Moment" uma música que claramente clama por Deus e expressa um amor permanente e desejo pela verdade ao mesmo tempo em que incentiva a enfrentar mundo incerto via auto-aceitação e retidão moral. Seguimos ao som de ''Sick Cycle Carousel'' uma música sobre o carrossel vicioso que sentimos como se estivéssemos quando cometemos os mesmos pecados repetidamente, é uma das minhas músicas favoritas. Temos ''Unknow'' que começa com riffs elétricos mais fortes para uma música sobre um homem que luta para abraçar a fé cega. ''Somebody Else's Song'' traz uma mensagem sobre pensamentos estranhos na sua cabeça que você não deseja, ao estilo de canções de outra banda que eu adoro como Sixpence none the Richer. ''Trying'' uma canção espetacular e que geralmente ouço, expressa admitir humildemente que ele não tem todas as respostas para as perguntas da vida, mas está comprometido em tentar. Vamos a ''Only One'' e ''Simon'', a primeira elogia uma relação amigável sólida, enquanto a segunda fala sobre hostilidade, uma balada de seis minutos em que Wade fala sobre alguém que foi abusado psicologicamente por seus colegas, é a música mais silenciosamente mais forte do disco, assim como outra canção presnte no álbum ''Quasimodo'' que simpatiza com pessoas que foram feridas ou abusadas. Já ''Cling And Clatter'' aborda angústia, procurando a voz em meio a tantas.

''Breathing'' é uma das mais amo da banda, uma canção especial e que merece ficar em modo repeat. Nela, Jason Wade traz a felicidade por "ficar sentado do lado de fora na porta do céu", o vocalista Jason Wade quer discernir a voz de Deus nessa canção. Outras músicas não identificam o Senhor pelo nome, mas têm um sabor distintamente espiritual. Certamente um álbum cheio de perguntas e dúvidas, mas que sempre resta uma apreciação pelas bênçãos que recebemos. Muito do que Wade canta poderia estar descrevendo nossa conexão com Deus ou nossa conexão com uma pessoa significativa importante em nossa vida.

Encerramos o disco dignamente com a épica ''Everything'', onde o cantor homenageia uma fonte de força e paz. É uma música que começa com leves toques e é cantada tão silenciosamente quanto uma oração, dirigindo-se a alguém que é tão vital à sua existência que eles desmoronariam sem eles. Se essa pessoa é Deus ou seu amor mais querido, não é revelado, mas está claro desde o início que essa entidade não pode ser encontrada em lugar algum e, como resultado, os primeiros quatro minutos da música fica a interpretação de cada um. Considero a canção bem espiritual, tanto é que ele foi executada muitas vezes nas igrejas. Em 2001, a canção tocou na parte final do episódio pilot de Smallville. Independentemente da origem espiritual da banda e de suas músicas, eles criaram um álbum de rock digno, positivo e liricamente benigno. Embora não afirme ter todas as respostas, esta banda acredita que elas existem e parecem estar procurando nos lugares certos. Com certeza!

O primeiro lançamento da banda alcançou o status de Top 40 nas paradas. Resumindo "No Name Face" é uma coleção agradável de doze músicas bem criadas e extremamente sinceras, e às vezes é tudo o que realmente precisamos de uma música. Lifehouse é frequentemente rotulado como uma banda de rock cristã, e até certo ponto eles são (a banda é franca sobre suas crenças religiosas.) Como sou cristão, isso obviamente não me incomoda, mas para não-cristãos esse rótulo pode afastar eles de apreciar alguma música da banda. A boa notícia, no entanto, é que Lifehouse pega as qualidades inspiradoras e afirmadoras da vida que são proeminentes no rock cristão e as apresenta de uma maneira que é universal. Enfim, é uma banda para todos. Ouça o disco disponível no Spotify:



Meus Discos #15 – CD “No Name Face” Lifehouse
novembro 14, 2019

Meus Discos #15 – CD “No Name Face” Lifehouse

Parece que foi ontem que minha mãe me apresentou um episódio da série O Toque de um Anjo (Touched by an Angel, no original) nos fins de tarde da Warner Channel. Na época eu esperava ela terminar de ver a série, para assistir um desenho qualquer com meu irmão. Mas aquele episódio era especial, era o episódio ''Psalm 151'' da 5a temporada que ia ao ar, a partir desse episódio peguei um carinho especial pela série e que durou até os dias de hoje, mesmo anos da finalização da série. Certamente é uma série que vou levar para minha vida inteira, devido tantas mensagens e pregações sobre amor e a vida. Lições importantes que infelizmente atualmente não vemos nas produções atuais.

Hoje decidi escrever sobre a trilha sonora da série, outro bálsamo dessa produção. Lembro que quando tive acesso a internet pela primeira vez em 2006 eu logo fui atrás de informações sobre os episódios através de comunidades brasileiras da série no Orkut onde se reunia um seleto grupo de fãs. Lá descobri o disco ''Touched by an Angel: The Álbum'', lançado em 1998. Na época eu apenas sonhava em um dia ter o disco em minhas mãos, mas isso demorou acontecer. Então fui atrás de baixar música por uma, através de programas como o LimeWire, Ares e outros. Bem, o tempo passou e um dia navegando na internet, descobri que o disco estava disponível para compra em sites brasileiros, especificamente na Saraiva, então lá vai eu comprar o disco que era um desejo desde os meus 10 anos de idade.

Capa do ''Touched by an Angel: The Album''

Touched by an Angel: The Álbum é a trilha sonora da série Touched by an Angel (que recebeu vários nomes no Brasil, entre eles O Toque de um Anjo (Warner Channel), Caiu do Céu (Rede Globo), Um Toque de Anjo (Band e Rede 21) e Um Anjo em Minha Vida (Pela distribuidora de filmes cristãos, BV Films) Ufa!. Foi lançado em 3 de novembro de 1998, no auge da série nos EUA, quando a série chegava a excelentes números de audiência indo ao ar na rede CBS. Traz uma mistura de gêneros e de muito bom gosto, entre eles pop, country, folk e música cristã contemporânea. As contribuições de vários artistas ajudaram esta coleção a alcançar o status de Top 20 da Billboard. Conseguindo a posição #1 da U.S. Billboard Top Christian Albums e #3 da U.S. Billboard Top Country Albums.

O disco logo começa com o lembrete comovente de Della Reese (nossa eterna Tess) da presença permanente de Deus em nossa caminhada com a canção "Walk With You" (que é a música tema da série). Seguimos ao som de Céline Dion com o grupo God's Property com ''Love Can Move Mountains'' (O amor pode mover montanhas), pregando otimismo e a fé nos outros.


O Disco ''Touched by an Angel: The Album''

Apoiar as pessoas que estão sofrendo ou sofrendo é essencial para "When You Cry", de Faith Hill, e o apaixonado hino de Amanda Marshall, "Believe in You" que cheguei a compartilhar aqui no blog. Em duas canções com sua voz presentes no disco, Wynonna Judd valoriza o amor como o maior presente da vida em ''You Were Loved'' (Você é amado) e promete honrar a Deus a cada respiração em ''Testify to Love'' (Testemunharei o Amor), duas músicas marcantes que estiveram presentes no episódio Psalm 151. Reconhecendo que as pessoas às vezes podem se sentir insignificantes, Amy Grant pede que elas perseverem e façam a diferença com "Shine All Your Light".

"God Loves You" (de Jaci Velasquez) e a comissão espiritual de Keb 'Mo com "Follow Me Up" se concentram nas coisas celestiais. Outros artistas expressam alegria, amor e também esperança renovada através de cada canção única nesse disco que trouxe canções inéditas, não lançadas oficialmente pela maioria deles. Sem dúvidas, essas canções inspiradoras transformam esse disco em amor, honra a Deus e reconhece o nosso dever de cuidado uns dos outros. Um vencedor!

Ouça!


Meus Discos #14 – CD “Touched By An Angel: The Album”
novembro 14, 2019

Meus Discos #14 – CD “Touched By An Angel: The Album”

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Sixpence, é sem dúvida, uma das melhores bandas com integrantes cristãos (já que não podemos chamá-la de banda essencialmente cristã) dos últimos tempos! É ótimo podermos contar com a linda voz de Leigh Nash e a criatividade gigantesca de Matt Slocum, um verdadeiro gênio da composição na música pop. 

Para quem não conhece, quero contar mais um pouco sobre esta banda. O quarteto [na época] surgiu no ano de 1993. Desde então, lançaram 6 ótimos discos e algumas coletâneas próprias, além de ter participado de inúmeros projetos, além de ter diversas músicas incluídas em vários filmes [Ela é Demais com a música "Kiss Me", Mais Que o Acaso com o ator Ben Affleck e as músicas "Need To Be Next To You" e "Love", entre muitos outros...] e séries de televisão [Smallville, Felicity, entre outros...]. Todo este reconhecimento só veio em meados de 1999, dois anos após o lançamento do disco auto intitulado [anterior ao Divine Discontent], onde se encontraram verdadeiros hits como "Kiss Me" e "There She Goes", músicas que cativaram tanto o público cristão como secular, levando a banda às alturas do sucesso. 

Bom salientar que os discos da banda anteriores ao sucesso também são de extrema qualidade criativa e musical, criando sempre músicas de lindas melodias seguindo uma linha mais "clássica" do pop. 

No seu auge a banda contou com com 6 integrantes e foi considerada uma das maiores e melhores bandas pop daquela época [começo dos anos 2000]. 

“Divine Discontent” Sixpence None The Richer

De fato, o disco Divine Discontent foi produzido no ano de 2000, mas devido a uma série de problemas com a sua gravadora, a "Squint Entertainment", o álbum só pôde ser lançado em [2002], o que causou muita dor de cabeça para a banda... e algumas mudanças no produto final. 

A primeira música do disco é "Breath Your Name", primeiro single da banda para as rádios, que se tornou um verdadeiro sucesso. Com um olhar cristão, a canção fala sobre deixarmos a nossa vida à disposição daquilo que Deus quer fazer. Logo após você pode ouvir "Tonight", excelente também! É realmente simples, porém, muito linda, possuindo uma letra que pode adquirir diversos sentidos. O que abre para qualquer tipo de interpretação, ótimo, né?

"Down and Out of Time", cuja letra foi escrita pela própria Leigh Nash é outra linda música, mais calma que as anteriores. Slocum [que fez a música para esta letra] é um especialista em criar sequências não usuais sem soar experimental demais, como nesta música. 

Em seguida, você poderá ouvir um cover da música "Don't Dream It's Over", tocada originalmente pela banda "Crowded House" em 1987 [um dos maiores hits da banda], e que nas mãos do Sixpence, ganhou nova vida. Está é, inclusive, a música que faz parte da trilha sonora da série Smallville! "Walking On The Sun" foi escrita pelo produtor Ron Aniello e também pelo vocalista da banda Lifehouse, Jason Wade (sou fã desse cara). Se você gosta e já ouviu Lifehouse, você poderá notar algumas similaridades, como o ar 'southern' da música (que inclusive vez ou outra comento aqui no blog). 

"Still Burning" já é uma música mais no estilo Sixpence de ser. A interpretação que dei para esta música [é realmente difícil interpretar as músicas do Sixpence], foi que ela trata sobre a amizade, e que devemos estar disponíveis para ajudar uns aos outros. A seguir, você ouve "Melody Of You", uma música guiada basicamente por um violão dedilhado. Sua letra pode ser interpretada como dirigida a uma outra pessoa, mas ela foi originalmente escrita como uma música de adoração a Deus cheia de poesia e figuras de linguagem. É muito bom vermos quando a arte em si está sendo usada em nome de Deus, em toda a sua essência, e não somente baseada nos famosos jargões cristãos. 

"Paralyzed" é a música mais ''pesada'' do disco, meio revoltada, pois foi baseada no fato da morte de um jornalista durante a guerra de Kosovo em 1999. O assunto pode soar meio antigo para a nossa época, mas vale lembrar que em 2000 o disco já estava pronto, seu lançamento que foi exaustivamente adiado por causa dos problemas da gravadora. Para acalmar os ânimos, em seguida você pode ouvir "I've Been Waiting" que fala sobre frustrações em relacionamentos amorosos. Depois você ouve a segunda música escrita por Leigh "Eyes Wide Open". Uma música muito legal, mas que porém, não consegui entender nada da letra. Dizem que ela foi inspirada pelo medo que Leigh Nash tem de voar [olhando por este lado, a música se torna um tanto quanto trágica, mas mesmo assim, muito legal]. 

"Dizzy" é uma ótima descoberta do disco! Uma música guiada inicialmente pelo piano e uma pequena orquestra. Com seus seis minutos e meio de duração, ela é uma declaração de dependência de Deus. Ela é como uma oferta de vida, citando diversos heróis da história cristã, como Tomé, o rei Davi e Pedro. Todos erraram [e quem não erra? aí está o 'tchan' da música] mas eram filhos amados de Deus. Davi, foi chamado de "homem segundo o coração de Deus", Tomé se manteve como discípulo e apóstolo de Jesus Cristo, e a Pedro foi dada a responsabilidade de cuidar do povo de Deus na terra, da Sua igreja. Em seguida você ouve "Tension Is A Passing Note", uma das músicas preferidas de Leigh para este disco, por ser extremamente honesta, conforme ela mesma diz em uma entrevista dada ao site JesusFreakHideOut.com. No meu ponto de vista, ela traz uma certa brasilidade em sua melodia, tanto nos acordes como na forma como o violão é tocado. 

Para finalizar você acompanha "A Million Parachutes", uma balada muito gostosa e perfeita para amarrar este disco. Ela te insere em um ambiente, como se você estivesse em uma cabana, e lá fora estivesse chovendo o dia inteiro, falando sobre saudade e solidão. 

Enfim, um álbum espetacular do Sixpence, e você sabe... se é Sixpence, é ótimo, e vale a pena ouvir! 

Ouça!



Meus Discos #13 – CD “Divine Discontent” Sixpence None The Richer
agosto 14, 2019

Meus Discos #13 – CD “Divine Discontent” Sixpence None The Richer

terça-feira, 23 de julho de 2019

Sobrenatural. Este é o enfoque do 6° álbum do DC Talk. Por ser o último CD inédito gravado em estúdio pela banda é o que possui melhor qualidade em relação a sonoridade. É neste álbum que as opiniões sobre o Dc Talk se divergem. Quem não conhece a banda e ouve este CD não é capaz de imaginar que o Dc Talk começou com o estilo Hip-Hop. Aquele Pop-Rock-Rap do Jesus Freak (Cd do post anterior), o estilo de álbuns anteriores foi abandonado, o que agradou a uns e frustrou outros. O fato é que este álbum foi o mais premiado e elogiado pela crítica rompendo os recordes de Jesus Freak e colocando a banda no topo das paradas, tanto que foi distribuído também no ''mercado secular'' pela Virgin Records. 


Capa do álbum ''Supernatural''
O álbum é iniciado com uma faixa repleta de efeitos onde o vocal faz um link ao sobrenatural. A próxima faixa é a It's Killing Me um Pop-Rock vigoroso influenciado pelo estilo de Michael Tait, que faz o primeiro vocal. A próxima musica é Dive, uma balada "arquitetada" sobre uma bateria eletrônica monótona, mas com uma acertada divisão de vocais. Sua letra convida-nos a mergulhar nos Braços do Pai. 

A quarta faixa é Consume Me a primeira música de trabalho que rendeu ótimos resultados abrindo um trabalho fortíssimo de mídia. Tocou em muitas rádios populares e esteve presente em várias coletâneas da ForeFront Records (gravadora do Dc Talk), além ter sido bastante executada na MTV americana em forma de clipe. A próxima faixa é My Friend So Long, um Pop que conta a história de alguém que se tornou bem sucedido artisticamente, mas que abandonou a comunhão que tinha com Deus. É interessante notar um trecho de Jesus Freak presente na música. 

Fearless, a 6ª música do CD, é bastante marcada pelo vocal incomparável de Kevin Max. Possui uma belíssima melodia. Na sequência vem Godsend, uma balada romântica caracterizada pelo estilo de Tait. Wanna Be Loved é difícil de ser rotulada, mas é um Pop-Rock com muito Swing e pitadas de Blues. A música The truth é, digamos, alternativa. Não é uma das melhores e dizem ter sido inspirada na série americana Arquivo X, pela qual eles seriam fanáticos. 

Antes de comentar Since I Met You, a décima faixa, é preciso ressaltar a variância de estilo que é o Dc Talk. Eles têm de tudo um pouco e essa é mais uma daquelas experiências que deram certo. Since I Met You começa com um órgão dos anos 80 e logo em seguida é atropelada por um Punk-Rock nervoso, pra não deixar ninguém parado. Into Jesus é uma balada com belíssimos arranjos, acompanhados por um violão tocado teatralmente. 

A maior surpresa do CD é mesmo Supernatural, um Rock progressivo que lembra um pouco Jesus Freak, mas sem aquele hip-hop marcante. Um contra-baixo inicia dando lugar a um desabafo: "Este mundo é um lugar ruim de se estar. Tantas coisas me atormentam. E quando tropeço e caio nesta estrada, cobram-me um pedágio. "Nestes dias e noites eu me volto para você. Nenhuma mão humana pode me levantar de verdade, nenhuma força cósmica ou bebida mágica funcionarão para sempre". Baterias e guitarras nervosas complementam a música (a versão ao vivo que NÃO está disponível em CD é ainda muito mais fantástica!). 

A última música, mas não ultima faixa, é Red Letters. Esta é a balada. Possui uma melodia fantástica, um vocal difícil e muito bem dividido, arranjos de cordas e um riff pesado para uma faixa "tranquila". Iniciada num piano singular Red Letters faz referência àquelas bíblias onde todas as palavras ditas por Jesus eram apresentadas em vermelho, por isso o título. Na essência ela fala sobre o poder, o amor e a verdade que há nas palavras de Cristo. 

Pra fechar o CD vem uma poesia de Kevin Max , There is a Treason At Sea, seguindo o estilo Alas My Love. Supernatural é referência mundial quando se fala em música Gospel contemporânea e independente da falta que o hip-hop fez, ou não, ele é sobrenatural.

Ouça!

Meus Discos #12 – CD “Supernatural” dc Talk
julho 23, 2019

Meus Discos #12 – CD “Supernatural” dc Talk

segunda-feira, 22 de julho de 2019

É com muito orgulho [eles são demais] e prazer [é muito bom ouvi-los], que escrevo esse review do DC Talk. Esse álbum tem para a música cristã a mesma relevância conjetural que a queda de Constantinopla tem para a história geral, provocando grandes mudanças e abrindo inúmeras portas no contexto musical, pra melhor, é claro!! 

O DC Talk foi formado por Michael Tait, Toby Mckeehan e Kevin Max Smith, grandes revolucionários da música cristã que misturaram, hip-hop, funk, rock e pop, fazendo o mix mais avassalador da música cristã contemporânea. A primeira faixa é “So Help Me God”, que começa com bateria e um criativo riff funk na guitarra. A música é um clamor em busca da ajuda do Senhor em meio às loucuras desse mundo.

Capa do álbum ''Jesus Freak'' do dc Talk
O DC Talk sempre foi um dos pilares da música contra a discriminação racial em todo mundo, “Colored People”, relata a perseguição e sofrimento que os negros ainda enfrentam na nossa sociedade, uma balada com o que o DC Talk sabe fazer de melhor, divisões de vozes. Em seguida a faixa-título, “Jesus Freak”, é a m-e-l-h-o-r música cristã feita até hoje, pode parecer exagero, mas todas as vezes que escuto fico arrepiado. É rock misturado com rap, ninguém fazia, DC Talk = Revolução. “What If I Stumble?” é um exemplo da capacidade de variação e maleabilidade do DC Talk, uma balada acústica, com excelente melodia e harmonia, quem nunca tocou essa música no violão? 

Na 5ª faixa é “Day By Day”, versão da música de Stephen Schwartz de 1971, que ficou com uma roupagem rock, muito melhor! A intrigante “Mrs. Morgan” não é uma música e é curiosa, a Mrs. Morgan é a velhinha que mora na casa ao lado da Gotee Records (a gravadora do TobyMac). A Gotee funciona numa casinha numa rua normal, e a velhinha comenta que um dia tavam tocando a bateria o dia inteiro e ela já tava de saco cheio, então ela foi lá e disse que se o baterista tocasse aquele negócio mais uma vez, ele seria um baterista morto. O meloso hit “Between You And Me” relata a importância de buscarmos o perdão das pessoas que já tivemos conflitos e um dos meus favoritos desse álbum. “Like It Love It Need” é a 8ª faixa, é um rock-rap eletrizante e fala sobre buscar a paz em Jesus, não em prazeres mundanos. “Jesus Freak (Reprise)” é uma versão “brega” da música Jesus Freak, ainda bem que ela é bem curta. 

A 10ª faixa é “In The Light”, outra balada com lindas variações vocais, especialidade do DC Talk, nessa música eles conseguem até misturar até batidas de reggae, bela versão da música de Charlie Peacock. A música mais melancólica de todo o cd “What Have We Become?” fala como somos egoístas nessa sociedade atual, muito bonita. A última música do álbum é “Mind’s Eye”, ela fala da fé do homem em Deus. E pra fechar temos o belo poema “Alas My Love” falado e escrito pelo Kevin Max. 

Os primeiros cds do DC Talk eram funk e hip-hop puro, com o passar do anos eles foram ficando mais pops e "computadorizados" [presença de diversos samplers]. Depois do "Jesus Freak" foi lançado o "Welcome To The Freak Show", excelente cd ao vivo. O álbum "Supernatural" é lançado, seguido de uma coletânea chamada "Intermission" com os principais hits do DC Talk. Hoje o DC Talk se separou visando ampliar os horizontes e cada um dos seus integrantes está em carreira solo, mas eles dizem que a banda não acabou, então vamos torcer para outros cds que nem o “Jesus Freak” voltarem a ser gravados. No Brasil a distribuição do álbum foi pelas mãos da gravadora BomPastor que nos deu a oportunidade de rever grandes nomes da música cristã entre eles o DC Talk.

Ouça o álbum completo no Spotify!

Meus Discos #11 – CD “Jesus Freak” dc Talk
julho 22, 2019

Meus Discos #11 – CD “Jesus Freak” dc Talk

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Ouvir Jars of Clay é muito bom, começo a mergulhar profundamente naquela sensação de paz absoluta. Para quem cresceu na igreja pode se identificar muito com esse álbum do Jars of Clay.

"Redemption Songs" é um disco com versões de alguns hinos tradicionais. A intenção é aquela mesma... De dar a hinos antigos uma linguagem musical mais atual, mais acessível para as pessoas de hoje. São hinos que possuem grandes valores e verdades espirituais em suas letras e que não devem cair no esquecimento. Não contentes em apenas criar versões para os hinos, eles se apropriaram dos mesmos e reconstruíram cada um ao estilo Jars of Clay. 

Capa do álbum ''Redemption Songs'' do Jars of Clay

O tipo do som é ditado pela atmosfera que envolve o disco anterior da banda, Who We Are Instead, disco este que marcou profundamente sua carreira por reestruturar todo o som da banda saindo de um pop rock [de alto bom gosto] para influências country e southern, abusando dos violões e elementos acústicos. 

De início você pode ouvir o hino "God, Be Merciful to Me", canção escrita em 1853, mas que com os novos arranjos, parece ter sido escrita nos dias atuais. Já o hino "I Need Thee Every Hour", conhecido aqui no Brasil como "Necessitado", recebeu um arranjo bem próprio e atual. 

A maioria das músicas segue a linha country/southern, outras porém, como "God Will Lift up Your Head" [um dos grandes destaques do cd] possuem uma veia mais pop, mas sem se apartar muito dos arranjos acústicos. "On Jordan's Stormy Banks I Stand" e "Nothing But The Blood" contam com a participação do conceituado grupo gospel The Blind Boys of Alabama, enquanto "I'll Fly Away" e "Let Us Love And Sing And Wonder" contam com as participações da cantora pop Sarah Kelly e do vocalista da banda Delirious, Martin Smith, respectivamente. 

"It is Well With My Soul" [Sou Feliz Com Jesus] pode ser a grande surpresa do disco, com um arranjo um tanto quanto diferente, cheio de dissonâncias características da música vinda do sul dos EUA. Eu particularmente gostei muito, mas as opiniões são bem divergentes. Ouça e tire suas próprias conclusões. 

Jars of Clay nunca lançou um disco ruim, e este não é diferente. Com certeza a banda atingiu seu objetivo de atualizar hinos antigos e torná-los tão agradáveis ao ouvindo contemporâneo quanto se você estivesse ouvindo canções de louvor e adoração atuais. No final das contas, "Redemption Songs" se mantém no mesmo patamar dos outros álbuns da banda, o que é ótimo, mas não é novidade. É mais música de altíssima qualidade para se ouvir!

Ouça!

Meus Discos #10 – CD “Redemption Songs” Jars of Clay
julho 15, 2019

Meus Discos #10 – CD “Redemption Songs” Jars of Clay

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Já não é novidade pra mais ninguém. Em meados de 1999/2000, os três integrantes do grupo de grande sucesso, dc Talk, encabeçados por Kevin Max, Toby Mckeehan e Michael Tait. Eles se separaram para cada qual seguir sua carreira solo. 

"Empty" é o primeiro disco daquela então 'nova' fase para Michael Tait. Acho que a primeira canção deste álbum que ouvi na vida foi a própria ''Empty'' assistindo Dawson's Creek (isso mesmo, a música tocou em um dos episódios).

O nome da banda, Tait, é na verdade uma homenagem ao pai de Michael e não tem nenhum caráter egocêntrico. O som da banda é um rock contemporâneo com algumas coisas de funk e soul (bem poucas por sinal). Mais ou menos como um Lenny Kravitz batido com leite e açúcar.

De cara você ouve "Alibi", uma canção escrita por Michael e Pete Stewart, ex-guitarrista da banda, ex-Grammatrain e também vocalista na banda The Accident Experiment, juntamente com Marcos Curiel, ex-POD. Alibi é, senão a mais forte, uma das canções mais fortes do disco, com uma pegada forte dizendo que temos que prosseguir nos livrando das coisas que nos atrapalham em nossa caminhada com Deus.

"Loss for Words" é uma balada energética e vem dizer que somente a palavra de Deus traz vida. "Bonded" já tenta ser um pouco mais funk e podia ser facilmente uma música do Audio Adrenaline.

Em seguida você ouve "All You Got", música escrita em parceria com Toby McKeehan ou TobyMac, o 3º elemento do dc Talk, e ela fala sobre os momentos difíceis que passamos em nossas vidas. "Spy" tem este ar meio James Bond, usando elementos da música dos anos 70. 

A canção "Talk About Jesus" ataca a discrepância que muitas vezes existe entre o nosso discurso como cristãos e aquilo que realmente vivemos. "American Tragedy" fala sobre preconceito e orgulho. "Looking for You" é uma balada que exalta o nome de Deus.

"Altars", uma prece de salvação. "Tell Me Why" traz uma bagagem mais soul/disco e questiona se a vida é só o sofrimento ao qual estamos expostos todos os dias. Depois você ouve "Carried Away" que chega até a lembrar um swing no início e é uma das faixas mais legais. 

"Empty", a faixa que dá título ao disco, diz que nem fama, sucesso, dinheiro, e etc, podem preencher o nosso vazio. Somente Jesus nos preenche por completo. É uma bela canção e certamente se destaca das demais. E pra fechar o disco, você ouve "Unglued", uma canção de letra muito profunda que aborda o impacto que uma pessoa pode causar em nossa vida. Mas não dê pause no play quando a musica acabar, aguarde e você poderá ouvir uma "jam session" muito louca, liderada por Pete Stewart nas guitarras. No geral, as canções são interessantes mas não trazem nenhuma novidade, nenhum impacto mais profundo. Já as letras são muito belas e profundas, fáceis de entender, porém inteligentes, sempre com mensagens de edificação pra sua vida. Ótimo CD pra ser apreciado por qualquer fã de boa música cristã contemporânea.

Meus Discos #09 – CD “Empty” Tait
julho 03, 2019

Meus Discos #09 – CD “Empty” Tait

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Desde que conheci a música internacional cristã quando era mais novo, Newsboys está na minha playlist. Para quem não tem ideia do que se trata, o nome pode parecer, num primeiro instante, tratar de uma “boy band” ou algo do gênero - parece engraçado, mas já vi gente pensar algo semelhante antes de ouvir – mas, graças a Deus, passa muito longe disso. Fazem um som extremamente original, passeando com criatividade por diversas vertentes do rock / pop / alternativo contemporâneo. 

O grupo emplacou nos EUA nos anos 90, a década em que pop experimental esteve em alta em todo o mundo. 

Capa do álbum ''Thrive'' do Newsboys

O álbum “Thrive” foi lançado no final de 2002, sendo que no mesmo dia da estreia do CD nas lojas, foi gravado o DVD ao vivo no “Rock and Roll Hall of Fame and Museum”, em Clevelend, EUA, onde além das músicas do lançamento, tocaram os sucessos do grupo, como “Shine”, “Entertaining Angels”, “Joy” e “Take Me to Your Leader”

A banda até o lançamento deste álbum era: Peter Furler nos vocais e algumas guitarras, Jody Davis na guitarra e backing vocals, Phil Joel no contra-baixo, Duncam Philliphs na bateria e Jeff Frankestein nos teclados e programações. 

Vamos ao CD: A primeira faixa, “Giving It Over” é bastante empolgante e contagiante. É um rock bem pra cima e direto, no clássico estilo Newsboys. A letra fala sobre a transformação que acontece na vida de alguém, depois de que passa a crer no Amor Verdadeiro. A segunda canção “Live In Stereo”, segue agitando, com uma levada diferente da primeira, mas também muito empolgante. 

“Million Pieces (Kissin' Your Cares Goodbye) ”, faixa 3, é uma canção com ritmo mais pop, também fiel ao que banda sabe fazer muito bem. Na seqüência, “Thrive”, uma das melhores do CD, é uma balada com uma sonoridade maravilhosa de se ouvir, possuindo arranjos vocais bem feitos e timbres viajantes de guitarra. 

A faixa 5, “Rescue”, possui um ritmo dançante, lembrando elementos do início dos anos 90, com aqueles arranjos de teclados característicos, dando uma sensação nostálgica muito agradável. A canção seguinte, “It is You” é uma balada muito especial, de louvor e adoração, com um refrão muito bonito e “grudento”, de se cantar o dia todo, declarando que Santo é o Senhor Deus Onipotente. 

A canção 7 se chama “Cornelius” e como o nome sugere, versa sobre o exemplo de vida que foi Cornélio; e “The Fad Of The Land”, mais agitada com elementos eletrônicos, possui uma letra bem humorada. Praticamente emendada com a anterior, vem a “John Woo”, a música mais experimental do CD, onde os músicos viajam em suas influências eletrônicas. Finalizando, “Lord (I Don't Know)” traz a letra mais bela do CD, vestida numa belíssima balada. A letra declara que Deus, autor do conhecimento, traz a compreensão da paz, trazendo salvação. Uma canção que inclusive já compartilhei aqui no blog.

Na época de seu lançamento, o álbum veio para consolidar de vez a qualidade musical da banda, que pode usufruir da liberdade de criar fora de qualquer padrão, que será apreciado. Newsboys continua na atividade e lançando cada vez mais sucessos. Recomendo!

Meus Discos #08 – CD “Thrive” Newsboys
junho 27, 2019

Meus Discos #08 – CD “Thrive” Newsboys

terça-feira, 4 de junho de 2019

Dizem que as boas bandas são como vinho, quanto mais velho melhor, é assim que considero o som  do Delirious?

Em The Mission Bell, o nono CD desse quinteto britânico o que podemos ver e ouvir é um misto de qualidade e unção embalados por uma sonoridade pop contemporânea bem moderna e ao estilo pop rock britânico sendo talvez a marca principal que distingue o Delirious no cenário cristão por tantos anos e o tornou referencia no mercado do gospel music. 

Capa do álbum ''The Mission Bel'' do Delirious?

Abrindo esse álbum temos Stronger (mais forte - tradução literal), uma balada alegre que começa com um leve violão em que a voz de Martin Smith surge quase que intempestivamente, cantando dentre outras coisas, a intensidade do amor de Deus e a beleza de sua “invasão”em nossas almas.A música termina repetindo a frase I love you ao som de um coral (ou será um back vocal bem estruturado?) e retorna com a voz de Martin tendo ao fundo um teclado e um violão bem sugestivo, que já havia aparecido no começo. 

A seguir vem Now is the Time. Com uma sonoridade bem diferente da música anterior, com um som mais pesado e uma batida mais “elétrica” essa música é realmente um devaneio . O som da guitarra de Stu G diz que ela promete. E Martin começa: “os ventos estão soprando novamente... e assim nós temos que seguir.... nós podemos mudar o amanhã...... agora é o tempo para nós brilharmos.....brilharmos como a face divina de Cristo ......agora é o tempo”. Realmente um som e tanto. 

Depois vem Solid rock com um baixo introdutório agradabilíssimo seguido também por All this time que para mim é uma das músicas mais interessantes do álbum; não apenas por lembrar bastante o U2, mas também pela forma que a música foi conduzida revelando um extremo apuro musical e uma sincronia perfeita entre arranjos de guitarra e o bem conduzido teclado de Tim Japp, além da bateria suave de Stew Smith. 

A seguir, uma preciosidade: Miracle Maker, uma das músicas mais intimistas e profundas do CD, além de ser também uma faixa de adoração e que fez muito sucesso aqui, nos shows que o Delirious realizou em sua passagem pelo Brasil. 

Passamos por Here I am send me e Fires Burn; essa última, pra mim retoma bastante a sonoridade do U2 encontrada também em All this time e com um precedente: ela tem mais espaço para os teclados e a voz de Martin não decepciona nunca! 

Depois vem Our God Reigns (Nosso Deus Reina), talvez um clássico do Delirious depois de Deeper, Majesty e History Maker e chegamos a Loves a Miracle também com um coro ou back vocal forte no refrão; e deparamos com uma das músicas mais pesadas e bem elaboradas do CD: Paint The Town Red um rock prodigioso com bastante guitarras e um peso irresistível .Uma curiosidade:essa musica é a única que cita o tema do Cd em sua letra ( The Mission Bell) já que no álbum todo não há uma música com esse nome 

O álbum termina então com Take off my shoes música que também aparece na abertura da faixa interativa e finaliza com I´ll See You, música introspectiva bem ao estilo “deliriante” que inclui ainda um belo vocal com Moya Brennan da Beo Records. Vale ressaltar também a capa do CD muito bem elaborada e com forte conotação artística, lembrando uma tela de algum pintor abstracionista contemporâneo.

Meus Discos #07 – CD “The Mission Bell” Delirious?
junho 04, 2019

Meus Discos #07 – CD “The Mission Bell” Delirious?

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Para um primeiro lançamento da banda Switchfoot, The Legend of Chin eles já demonstraram uma boa criatividade tanto nas letras como nos arranjos. Nesse trabalho, o grupo esbanjou na complexidade e reflexão em suas abordagens, como o vazio humano, sentimentos e assuntos do cotidiano. A gravação é creditada ao power trio formado por Jon Foreman, Tim Foreman e Chad Butler, o que faz de uma obra tão criativa tornar-se notória por ser executada por apenas três pessoas. As músicas foram compostas pela criatividade de Jon Foreman, com exceção de Underwater, que foi escrita por Jon em parceria com Casey Gee. A capa e o título do projeto faz referência a um amigo dos integrantes da banda chamado Chin. 

Capa do álbum ''The Legend of Chin'' do Switchfoot


A primeira canção, o post grunge Bomb, começa com uma bela introdução de baixo e de acordo com o andamento da música ganha peso até terminar com a mesma leveza da introdução. Música com dissonantes, dedilhados e riffs de guitarra, a segunda melhor melodia. O mais notável e legal nessa canção foi o baixo. Ótima música de introdução. A letra faz referência a um vazio do eu lírico clamando a Deus para que possa preencher esse espaço. O vazio é a bomba que ele vive. Uma letra criativa e legal. 

Chem 6A é a melhor música do álbum, o primeiro single da banda, com direito a um videoclipe. Começando com falas no início, a música segue uma linha bastante grunge. Nessa, Jon Foreman caprichou nos riffs de guitarra, mostrando alegria. O guitarrista a compôs se referindo a um curso acadêmico de Química que ele fez na Universidade de San Diego. Os versos se referem à preguiça de estudar, tentar resolver seus problemas e mudar o mundo. Esse problema se reflete na sociedade como uma falta de esforço do homem para resolver suas dificuldades. Uma ótima letra e complexa. 

Outra ótima música, Underwater segue a linha alegre e alternativa das primeiras canções. Riffs interessantes de guitarra e mais ou menos no final da música, ela ganha um estilo meio blues novamente até aumentar o peso e voltar para o rock alternativo. Sua letra é bastante complexa. Ao que parece, uma moça vive sua vida correndo contra o tempo tentando saber qual o sentido de tudo e assim vive seu tempo. Mas ela não consegue e sempre falha. Numa parte mais complexa ainda, usando de metáforas, a letra parece passar uma ideia sobre a morte dessa moça, que perde todos seus objetivos. O que se pode tirar dessa canção é sobre a busca cega do homem sobre o sentido da vida, mas não consegue encontrar. Algo que deveria ser buscado em Deus. 

Edge Of My Seat também é ótima, e começa lentamente com piano e voz, até ficar mais rápida como as músicas anteriores com a entrada da guitarra, do baixo e da bateria. Bons riffs de guitarra. Como sempre, outra letra complexa e poética. O que poderia tirar dela, é sobre uma articulada declaração de amor. Ele está dizendo que não sabe o que tem no futuro, nem o que espera por ele, mas quer que uma garota ande com ele na vida, uma menina que conheceu e que não pode esquecer. Deseja que ela ande com ele na montanha-russa fazendo alegoria a uma vida vivendo do lado do seu amor. 

Diferente das primeiras músicas, Home já segue um estilo mais calmo. Primeira balada do álbum, segue com belos dedilhados e acordes de violão. Uma bela canção e um ponto forte do Switchfoot de fazer canções desta categoria. Nessa, entram violinos que executam belas notas, o ponto forte da melodia. Agora, o mais notável dessa canção é a letra, bastante poética, que fala da longa caminhada até a eternidade. Em partes dessa letra como “Parar para pensar em todo/ O tempo que eu tenho perdido/ Começar a pensar em todas as/ Pontes que eu tenho consumido/ Que devem serem cruzadas” confessam sobre o tempo perdido em coisas passageiras e sobre caminhos que deveriam ter seguidos. Fala sobre tudo está no controle de Deus e que não devemos parar nessa longa caminhada, a longa caminhada para nossa “Home”. Essa é a melhor letra do disco. 

Might Have Ben Hur segue alternando riffs calmos e dedilhados entre riffs rápidos. A interpretação de Jon Foreman com agudos em algumas partes é interessante e até cômica. A letra, outra confissão de amor, fala sobre o eu lírico pensando que poderia ter sido aquela garota que amava que ele compartilharia seus sonhos e fracassos, que ele poderia ter confiado, mas que pelo “Poderia ter sido ela” não estava com ele e assim o deixou triste. 

Concrete Girl é uma música meio pedante, segue também alternando entre longos dedilhados calmos e curtos riffs potentes. A letra fala sobre problemas que acercam uma garota, que balançam seu mundo, mas como uma palavra de conforto do eu lírico, ele fala para ela sobreviver a isso tudo e continuar vivendo. Uma ótima letra que descreve sem feminismo o verdadeiro valor de uma garota. 

Life and Love and Why começa com um dedilhado suave de guitarra. E assim, como algumas canções dessa obra, ganha peso com o tempo. Segue alternando entre esses dois pólos. Contém uma ótima letra, reflexiva e poética, falando sobre a busca fútil de coisas que possam preencher o vazio humano, lhe darem alegria, e há um questionamento sobre isso tudo. A alegria ansiada só poderia ser encontrada em Deus, que descrita na canção como uma súplica pela resposta para o vazio humano. 

Outra balada, You seguindo a linha de “Home”, é um belo registro. Contém toques de violinos, não tão atraentes como “Home”. A canção tem uma linda e poética letra que descreve sobre a esperança não ser encontrada em nós, nos homens, mas em Deus. Uma esperança encontrada em Deus mesmo nas decepções humanas, em suas fraquezas. E assim, o eu lírico espera perder-se de si mesmo e se encontrar em Deus. 

Ode to Chin é mais alegre e animada como as primeiras faixas. A letra tem um tom reflexivo e bem poética, e como sempre ótima. Questiona sobre nossas visões, nossas escolhas, e que Deus é maior que isso, maior que palavras. Então num convite do eu lírico, ele nos pede para firmar nossa vida em Deus, nossa visão nEle. 

Uma música acústica do disco, Don’t Be There segue numa linha suave com violão e a entrada de toques de violinos. Boa canção, que lembra canções que podem ser tocadas em bar. Jon Foreman a compôs porque estava passando por um período difícil na vida pela perca de uma amizade. A letra se baseia na melancolia da separação e a preocupação do cantor com o seu amigo em que havia se separado. Como sempre, letra poética e complexa. 

Com certeza, só nesse álbum o Switchfoot já disse para que veio. Trazendo letras complexas, poéticas e belas, arranjos criativos mesclando alegria e suavidade. A capa é interessante, porém não é muito chamativa, lembrando algo mais clássico e antigo. Pela letra “Ode to Chin”, essa capa poderia se referir a um projeto de reflexão a vários “chins” no mundo. Jon Foreman interpreta bem as músicas nesse álbum, sem exageros. Switchfoot demonstrou que viria a ser a melhor banda de rock alternativo. Continuo e continuarei recomendando Switchfoot aqui no blog. Até!

Ouça!

Meus Discos #06 – CD “The Legend of Chin” Switchfoot
maio 31, 2019

Meus Discos #06 – CD “The Legend of Chin” Switchfoot

segunda-feira, 29 de abril de 2019

A história da banda Building 429 é inspiradora. O seu nome é derivado de uma passagem bíblica conhecida como Efésios 4:29 (Nova Versão Internacional da Bíblia): “Não deixe sair da vossa boca nenhuma palavra insalubre, mas só aquilo que é útil para edificação, de acordo com suas necessidades, e, assim, transmita graça aos que ouvem.”

Começou a se esboçar com o lançamento de um CD de apenas seis canções. Porém, neste pequeno preview havia uma música chamada “Glory Defined”, que se tornou instantaneamente num dos principais hits pop dos últimos tempos, chegando a figurar entre as canções mais tocadas em diversas emissoras americanas por sete semanas consecutivas.

Capa do álbum ''Rise'' da banda Building 429

Resenho sobre o álbum “Rise”, o segundo álbum completo da banda, com 11 canções, que confirma a inegável qualidade sonora do quarteto, que já foi vencedor do prêmio Dove Award como grupo revelação do ano, liderado pelo carismático vocalista Jason Roy. Esse novo projeto é mais voltado para um estilo de rock mais pesado, um som mais agressivo.

Integrantes do grupo são Jason Roy (Vocal e Guitarra), Scotty Beshears (Baixo), Michael Anderson (Bateria) e Jessé Garcia (Guitarra e Teclados).

Pode vir como um surpresa Building 429 com este projeto, o produtor da banda dando uma nova remodelada ficou a cardo de Monroe Jones (Third Day, Paul Colman Trio) e a somatória do novo guitarrista Jesse Garcia (substituindo Paul Bowden). Há mais extremidade ao estilo de neo-grunge deles, como ouvido na expressão de punchy de desejo universal, "Searching for a Savior" traduzindo "Procurando um Salvador" que fala sobre a viagem de que todos nós entramos em nossas vidas enquanto procuramos respostas.



"Fearless" (Destemido), traz uma melodia bem feito que trata da fé de como nós temos que se levantar em nossas convicções quando estamos enfrentando algo em nossas vidas.




"Home" (Casa) oferece um som diferente no começo da canção onde podemos ouvir a levada do piano lembrando vagamente o som de Coldplay, mas seguindo a canção podemos ouvir mais peso na canção.



"I Belong To You" (Eu pertenço a Ti) com o som elevado do baixo muito bem trabalhado, foi colocado na canção como melodia.



''Because You're Mine" (Porque você é meu) também é outra balada canção que facilmente você vicia.



"I Believe" (Eu Acredito) é outra canção vencedora e empolgante. As transições musicais nela colocadas, trazem emoções sinceras. Todas estas com um rock bem balada.



"Empty" (Vazio) está impressionante, contou com um convidado que ao ouvirmos a canção quase se não dá pra perceber pois a voz de Michael Tait ficou quase que irreconhecível, mas não ficou nada a desejar.



"Fighting To Survive" (Lutando para Sobreviver) é uma canção que balança, pela entrega vocal que podemos ouvir na canção, com uma letra bem clara, com o som bem pesado do driver da guitarra com efeitos na introdução e na condução da canção.



Os vocais de Jason Roy melhoraram muito, amadureceu, tanto nisso quanto como compositor de canções de rock. A banda Building 429 declarou vitória de Cristo sobre este mundo, uma vitória que liberta fiéis para enfrentar os desafios através da adoração, um caminho de fé que qualquer um pode seguir. Recomendo a banda a todos!

Ouça o álbum completo no Spotify.

Meus Discos #05 – CD “Rise” Building 429
abril 29, 2019

Meus Discos #05 – CD “Rise” Building 429